Análise de Solos

– Por que fazer a análise do solo?

A análise do solo é uma técnica de suma importância na agricultura, sendo a mais importante e confiável para o conhecimento do estado nutricional e o grau de fertilidade em que se encontra determinada área.

A análise de solo representa também parte importante do planejamento da instalação e manutenção de culturas agrícolas, como explica doutor em solos e nutrição de plantas e docente na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), Marcelo Rodrigo Alves.

Segundo ele, a análise do solo é fundamental para conhecer o solo a ser manejado. “Será justamente através deste conhecimento que se torna possível o uso de práticas de manejo com o uso de corretivos e fertilizantes, de forma racional e mais direcionada para a real necessidade da área”.

Dessa forma, a análise de solos é destinada para contribuir com:

        1.Indicação dos níveis de nutrientes presentes no solo, possibilitando o desenvolvimento de um programa de calagem e adubação mais eficientes;

        2.Proporcionar de forma regular o monitoramento e a avaliação de mudanças dos nutrientes no solo, possibilitando, por consequência, aumentar a intensidade de cultivo de forma sustentável.

-Análises realizadas em nosso Laboratório:

  • -pH;
  • -Matéria Orgânica;
  • -Física;
  • -Macronutrientes;
  • -Micronutrientes;
  • -Condutividade elétrica;
  • -Nitrogênio total;
  • -Nitrogênio orgânico;
  • -Nitrogênio inorgânico;

– Como devo coletar as amostras?

  1. Divida sua propriedade em glebas homogêneas, nunca superiores a 20 hectares, e amostre cada área isoladamente. Separe as glebas com a mesma posição topográfica (solos de morro, meia encosta, baixada, etc.), cor do solo, textura (solos argilosos, arenosos), cultura ou vegetação anterior (pastagem, café, milho, etc.), adubação e calagem anteriores.
  2. A coleta das amostras pode ser feita com um enxadão ou com trados. O trado torna a operação mais fácil e rápida. Além disso, ele permite a retirada da amostra na profundidade correta e da mesma quantidade de terra de todos os pontos amostrados.
  3. De cada gleba devem ser retiradas diversas subamostras, para se obter uma média da área amostrada. Para isso percorra a área escolhida em ziguezague e colete 20 subamostras por gleba homogênea. Em cada ponto, retire com o pé detritos e restos de cultura. Evite pontos próximos a cupins, formigueiros, casas, estradas, currais, estrume de animais, depósitos de adubo, calcário ou manchas de solo. Introduza o trado no solo até a profundidade de 20 cm.
  4. Transfira a terra do trado para um balde ou outro recipiente limpo. Repita a tradagem do mesmo modo em cada um dos 20 pontos. Quebre os torrões de terra dentro do balde, retire pedras, gravetos ou outros resíduos e misture muito bem.
  5. Retire cerca de 300g de terra do balde e transfira para uma caixinha de papelão apropriada ou saco de plástico limpo. Essa porção de terra (amostra composta) será enviada ao laboratório. Jogue fora o resto da terra do balde e recomece a amostragem em outra área.
  6. Identifique a amostra de solo com o seu nome, propriedade, gleba amostrada e data. Anote em um caderno, junto com um mapa da propriedade, o número de cada amostra e o local de onde foi retirada. Essas anotações são importantes para identificar o local para aplicações de calcário e fertilizantes. Além disso, facilitam o acompanhamento da evolução da fertilidade do solo de um ano para outro.

FONTE: CATI/IAC

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